terça-feira, 25 de julho de 2023

Ao tempo

Já faz alguns anos desde a última vez em que escrevi aqui, e essa semana, quando me peguei relendo alguns dos meus textos antigos e relembrando um pouco do passado, fiquei surpreso ao perceber como o tempo as vezes passa depressa.

Senti então uma inexplicável vontade de colocar um pouco dessa sensação em palavras e bem, essa é a minha tentativa.

Quando era criança, sonhava em crescer, me tornar adulto e descobrir um universo de coisas que só a vida adulta poderia oferecer, mas quando hoje bateu a noção de que o tempo não espera por ninguém, rever memórias antigas me fez perceber como as coisas mudaram ao longo dos anos, muitos dos amigos mais próximos de infância e adolescência, hoje eu nem conheço mais.

A saudade de momentos que hoje só existem em fotografias antigas e posts esquecidos de alguma rede social, me fez ouvir novamente músicas dessa época e percebi que elas as vezes tem o poder, quase mágico, de nos transportar de volta no tempo, revivendo memórias, sensações e sentimentos por vezes perdidos na correria da vida cotidiana.

Na minha época de escola sempre me fascinou pensar sobre o tempo, mal sabia eu o valor que ele tem, jamais poderia naquela época imaginar, que hoje, quase na casa dos trinta, tempo é que menos tenho. 

A vida adulta pode ser dura as vezes, em meio a nossas rotinas cotidianas. Acordar, trabalhar por horas e horas a fio em um trabalho que não te faz feliz, chegar em casa todas as noites esgotado, sem energia, e dormir desejando não ter que fazer tudo de novo no dia seguinte.

E assim, dia após dia vamos seguindo, até que num piscar de olhos passaram se os anos, se foram as pessoas e ficaram apenas as lembranças. Você se pergunta em que ponto sua vida mudou tanto e não consegue responder, e ali, deseja com todas as suas forças poder voltar no tempo, pra reviver alguns daqueles momentos, mesmo que por apenas alguns instantes.

Chega a ser frustrante a noção de que o tempo vai continuar andando sempre em uma única direção, e que nossas vidas, por melhor vividas que sejam, passam em um sopro.

Hoje é uma terça feira de julho, estou perto de completar meus trinta anos e depois de mais tempo do que eu gostaria (quase uma década), estou finalmente escrevendo um texto novamente, um texto que sei que ninguém vai ler como a maioria dos outros que escrevi, mas a verdade é que sempre foi pra mim o que escrevo, não para os outros.

Sinto falta dos amigos que se distanciaram ao longo do caminho e me pergunto se eu poderia me reaproximar, mas penso que todos seguimos nossas vidas, encontramos novos amigos, novas prioridades, formamos nossas próprias famílias, e a vida é assim mesmo.

Mas é como dizia o Projota “faz parte sentir saudade!”

E faz mesmo!

 

Johnathan Alves Damasceno de Barros

 

 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

João Roberto

João Roberto era um menino pobre
Que tinha um sonho bem nobre
Mudar bem no fundo
O coração do mundo

Um dia, bem velho
Se olhou no espelho
E se viu prisioneiro
Do seu paradeiro

Saiu pelo mundo
Como um vagabundo
Sem casa e sem rumo
Se pôs a andar
  
Escravo da vida
Estranha homicida
Dos sonhos dos pobres
E dos corações mais nobres

Um dia viu um homem mau
A ser vítima fatal
Lembrou do seu sonho
E salvou o estranho

Ouviu-se um grito
Levara um tiro
Perguntaram porque
Respondeu sem querer
“Mudei o mundo em você”

Sorriu bem seguro
Tocara-o no fundo
Mudara o mundo
Como um vagabundo
Sorria agora
Em sua última hora

Foi então para o céu
Para junto de Deus
Deixando a pensar
O homem que seu sonho
O fizera salvar.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Sobre o que aprendi na escola publica...

Era uma manhã comum de terça feira, no segundo dia do ensino médio, estávamos todos animados, nós que estávamos ali havíamos superado o ensino fundamental e chegado ao médio. Naquele dia a primeira aula seria de geografia, o professor chegou atrasado, entrou sem dizer nada e começou a escrever no quadro, a maior parte da turma sequer notou sua presença. Ao terminar de escrever, ele disse a frase que mais ouvi de professores ao longo dos anos que passei na escola:

- Prestem atenção se quiserem, vou receber o meu salário no final do mês de qualquer maneira.

Ele foi nosso professor nos dois anos que se seguiram.

Em outra manhã teríamos aula de educação física, o professor chegou, colocou alguns jogos de tabuleiro sob uma das mesas e disse que poderíamos fazer o que quiséssemos, ele precisava dormir.

Nosso professor de educação física dava aula em três turnos e estava sempre cansado, era comum que nos deixasse livres para fazer o que quiséssemos enquanto dormia durante as aulas. Também não era incomum que ele faltasse.

Certa vez ouvi uma professora dizer a um daqueles alunos menos interessados que ele nunca seria alguém na vida e que jamais alcançaria algo grande, pois não estudava e não seria capaz de passar no vestibular.

Ele passou.

Todas essas histórias são verdadeiras e aconteceram comigo entre os anos de 2010 e 2012 em duas das melhores escolas da região noroeste de Goiânia.

Com todos esses problemas de motivação, organização e estrutura, como esperavam que aprendêssemos?

Nos anos que passei na escola publica não aprendi a diferenciar células eucariontes de procariontes, nem as leis de Newton, nem inglês, nem a história da humanidade ou sobre o clima na Ásia. Não aprendi a calcular a área da circunferência, nem aprendi a usar todas aquelas formulas matemáticas ou sequer quando usar as malditas crases.

Da nossa grade curricular aprendi realmente muito pouco.

De inicio acreditava não ter aprendido nada na escola, mas agora percebo que isso é tolice, não existe experiência na vida que não ensine nada.

Para mim e para todos os que estudaram ao meu lado, ou nas mesmas condições que eu, não havia qualquer motivação para aprender, Víamos nossos próprios mestres passarem dificuldades, aqueles que deveriam ser nosso maior exemplo de como os estudos poderiam melhorar nossas vidas.

Muitos professores tinham se formado ainda na ditadura militar e desde então não tinham tido a oportunidade de se atualizarem. Precisavam dar aula em mais de uma escola para complementar a renda e viviam a gritante desvalorização de seus salários, por muitas vezes incompatível com sua profissão.

Não havia alegria na escola. Todo mundo estava cansado e frustrado. Só depois de adulto entendi que é impossível ser feliz quando seu trabalho não resulta em nada. Um professor jamais será feliz se a estrutura e o sistema entorno dele fizer seus alunos desistirem de aprender, ou tirarem dele a motivação de ensinar.

A escola era como um presidio: cinza e amarelo desbotado, com grandes portões, grades nas janelas e portas e por vezes até policiais vigiando de um lado para o outro. E é exatamente assim que nos sentíamos, como presidiários de regime semiaberto, deixando a escola todo dia lamentando termos que voltar no dia seguinte. Não por acaso, por diversas vezes alunos planejaram fugas e arrombamentos dos portões da escola.

Entediados, sem aulas, sem lazer, maltratados e presos. Esse é o ambiente no qual se espera que um jovem desenvolva seu potencial?

Os pais que tinham dinheiro pagavam para que seus filhos estudassem em escolas que não tinham nenhum desses problemas. Conheço gente que ainda no ensino médio tinha aulas de musica, línguas estrangeiras, politica. Que tinha professores com doutorado. Colégios com piscina olímpica e quadras de piso emborrachado. Que tinham plantões de duvidas depois do horário das aulas. Tinham aulas de computação, com computadores que funcionavam de verdade. Ganhavam até DVD’s com o conteúdo estudado em sala.

Minha família mal tinha dinheiro pra comprar comida.

Posso não ter aprendido matemática ou química, mas aprendi que na vida nem todos tem as mesmas oportunidades ou mesmo oportunidades parecidas. Que inclusive alguns não têm nenhuma oportunidade.

Dos 40 alunos que estudaram comigo no ultimo ano do fundamental, menos da metade chegou ao ensino médio. Dos 120 alunos que junto comigo entram no médio, menos de um terço chegou ao terceiro ano. Dos 23 alunos da minha turma do terceiro apenas 6 chegaram ao ensino superior.

Ao longo dos anos vi meus amigos mais próximos concluírem que não valia a pena estudar. Vi muitos deles desistirem, muitos seguirem caminhos sem volta.

Vi muita gente sem oportunidades para seguir.

Não estávamos preparados para o mundo lá fora. A escola publica não nos preparou para brigar por nosso futuro.

A primeira vez que nosso caminho cruzou com o dos jovens da elite foi no vestibular, estávamos mal nutridos e desarmados indo enfrentar soldados, que se prepararam a vida toda para nos enfrentar. Éramos como amadores enfrentando profissionais treinados.

Não tivemos chance.

O vestibular é a barreira definitiva de segregação social. nele não é testada a sua capacidade de cursar a faculdade, mas a sua origem. Aqueles que tiveram que contar com o ensino público não tem chance, pois os testes cobram uma serie de conhecimentos que são ensinados apenas nas escolas particulares.

Sim, eu passei no vestibular. Alguns poderiam argumentar que sou um exemplo de que as oportunidades são dadas, e jogar nas costas do indivíduo a responsabilidade por ele não ter conseguido um lugar ao sol nas trevas dos nossos abismos sociais, o que seria imaturidade.

Tenho maturidade e consciência para compreender que se consegui foi em consequência de muitas condições favoráveis que tive. Em grande parte por ter tido sempre uma facilidade acima do normal para aprender. Em parte por ter conhecido alguns poucos bons professores que acreditaram e me incentivaram a lutar. Em parte também por ter me criado “sozinho” o que me permitiu desenvolver meus próprios conceitos de certo e errado e que acima de tudo me permitiu experienciar muitas faltas e excessos que mais tarde contribuiriam para que eu tivesse maturidade e senso crítico. 

O que de certa forma me capacitou para brigar por minha vaga na universidade.

Ainda assim tive que pagar um curso pré-vestibular com meu primeiro emprego para preencher as lacunas que o ensino público deixou.

Lembro-me bem que a escola pública foi o último lugar na minha vida que frequentei onde a proporção de negros presentes era coerente com a proporção de negros da cidade. De lá para cá, superada a barreira da segregação do vestibular, fui passando a frequentar espaços elitizados, como a própria universidade, que são dominados por brancos.

Talvez se eu fosse negro ou mulher nunca tivesse conseguido.

O que aprendi na escola pública? Aprendi sobre injustiça e desigualdade. Sobre o mundo real, sobre a vida ser dura. Sobre preconceito, racismo, machismo e sobre barreiras intransponíveis. Aprendi a ter a humildade de saber que se hoje tenho uma vida melhor é porque tive mais sorte do que mérito. Sorte daqueles que tem, pois os que não têm não tiveram escolha.

Aprendi que todos mereciam uma chance de brilhar, mas que nem todos terão.

Essas coisas que tomo como óbvias e me formam como pessoa e como cidadão, não posso assumir que sejam óbvias para todos. Nenhum texto nem nenhuma imagem consegue substituir a experiência.

O que aprendi na escola pública não ensinam nas melhores escolas particulares e, diferente das fórmulas de matemática, são coisas que levo para a vida toda.


Johnathan Alves Damasceno de Barros


Referencial teórico e textual:

domingo, 8 de setembro de 2013

Sobre a Depressão...

Eu nunca me importei de passar as noites sozinho no meu quarto. A solidão nunca me incomodou. Nunca tive problemas com o fato de não ter muitos amigos, de não sair de casa. Nunca me incomodei com a depressão...
Não sei dizer o que está acontecendo, tem um enorme vazio dentro de mim e não consigo preenchê-lo com nada.

Onde estão meus amigos?
Eu realmente gostaria de saber...

Por que esse vazio dói tanto agora? Quero dizer... Ele sempre esteve ali, mas nunca doeu tanto.

Essa não devia ser a melhor fase da minha vida?

Eu quero desesperadamente chorar, sinto vontade de gritar tão alto que toda a cidade ouça meu desespero, que todos sintam essa maldita agonia que eu sinto agora.

Por que não consigo nem ao menos chorar?

Por que esse grito não sai?

Durante dezenove anos eu acumulei sentimentos dentro de mim, ignorando minhas tristezas, esquecendo a solidão... Deixei de sentir tanta coisa. Talvez todos esses sentimentos tenham enchido minha mente a ponto de transbordar coisas não vividas. Tantos sentimentos deixados para e depois, um depois que nunca chegou.

Como se faz pra recomeçar?

Por onde eu começo?

Por que escrevem tão pouco sobre a depressão?

Eu ainda consigo me sentir vivo?

Por que ninguém vem me salvar?

Por que essa maldita dor não para?

O mais triste de se estar deprimido é perceber que a sua felicidade quase nunca depende de você.


Johnathan Alves Damasceno de Barros

segunda-feira, 25 de março de 2013

Aquele sobre a monotonia...

Quando eu era um garotinho costumava pensar sobre como seria a vida de adulto, sabe, toda essa coisa de trabalhar, juntar pedaços coloridos e retangulares de papel, constituir família   essas coisas que todo adulto faz, ou pelo menos tenta fazer...

Enquanto menino, toda essa coisa de crescer me parecia fascinante. Não me entenda mal, eu, já naquela época, compreendia a monotonia que é crescer, mas toda a ideia de independência me parecia tão fantástica quanto poder voar.

Eu imaginava que a vida adulta implicava em responsabilidades em troca das quais se recebia o direito de controlar sua vida. Crianças as vezes são muito ingenuas...

Hoje com 19 anos de idade vejo que essa suposta liberdade existe apenas na teoria, e nenhum homem pode ser verdadeiramente livre enquanto tiver contas a pagar.

O problema nisso é que enquanto precisar comer, um homem terá dividas... É claro que pra tudo na vida existem exceções, existem pessoas com dinheiro o bastante pra não precisar trabalhar um só dia em sua vida... Essas são vitimas de outro tipo de escravidão... Essas são escravas da ganância, ou do consumismo.

Vivem acostumadas ao luxo e apegadas as coisas que o dinheiro compra, essa falsa ideia de liberdade.

Sabe, a maior ironia do mundo é pensar que ninguém é livre. Os que não tem dinheiro, são escravos dele e os que o tem, são escravos das coisas que ele proporciona.

E assim vivemos essa monotonia, uns buscando incessantemente algo que não tem, enquanto outros buscam freneticamente algo que já possuem.

Uns cegos pela necessidade, outros pela falsa liberdade. Todos escravos da mesma monotonia, mas por motivos diferentes.

Johnathan Alves Damasceno de Barros

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sociabilidade


A arte de conviver em sociedade, de socializar. Essa eu nunca dominei muito bem. Nunca fui muito popular, não me entenda mal, eu tinha amigos, um evangélico pouco expressivo e um gordinho pouco comunicativo, mas não era como se fossemos amigos de verdade.

Sempre fui muito solitário e pouco comunicativo, não é que eu não falasse, é mais que ninguém queria me ouvir.

Ser criado sozinho, sem conhecer meu pai e com uma mãe pouco presente deve ter contribuído bastante para isso. Não estou usando a ausência dos meus pais para justificar minhas atitudes (isso virou moda hoje em dia), é só que eles realmente não estavam lá enquanto eu crescia.



Só quando cheguei ao ginásio foi que comecei a prestar mais atenção a minha volta. Foi nessa época que percebi que afastava as pessoas com palavras e gestos que, muitas vezes eram apenas brincadeiras inocentes para mim. Então eu me isolei mais, se as pessoas não podiam conviver comigo, eu tão pouco viveria com elas.

Esse isolamento porém não durou muito, porque no ano seguinte, no verão, eu conheci alguém que me ensinou a interagir com a sociedade, sem reprimir as pessoas.

Eu sei que até hoje tudo o que eu escrevo tem um pouco dela, mas é que, por algum tempo, ela foi a minha vida. Eu no entanto fui apenas um breve capitulo na sua.

Durante um bom tempo eu, ao lado dela, consegui viver em harmonia com a sociedade, até que um dia eu acordei e ela já não estava mais lá, não literalmente é claro, mas ela seguiu um caminho diferente do meu e isso me desestabilizou bastante.

Depois de um bom tempo eu superei, mas nesse meio tempo eu talvez tenha me esquecido de como agir, como falar, como viver sem que a minha vida incomodasse os demais.

Nunca fui muito bom na arte de não magoar as pessoas, na verdade sou mestre em fazer exatamente o contrário, em magoar quem eu mais quero proteger.

Na verdade sou tão ruim em me socializar que nem ao menos consegui terminar esse texto de uma maneira descente.

Johnathan Alves Damasceno de Barros

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ludmylla


Eu amo o seu jeito teimoso de ser
Eu amo o seu sorriso torto
E amo também o tom da sua voz
Amo o seu jeito descuidado de se arrumar,
O fato de quase nunca usar maquiagem
E mesmo assim estar sempre tão linda...

Eu amo a forma como você me irrita e me tira do sério
Eu amo as coisas que você me faz sentir
Amo o seu cabelo grosso e o tom da sua pele
Amo como você fala sem parar quando te tiram do sério

Amo tantas coisas em você...
E odeio outras tantas também...

Odeio a forma como você me ignora
Odeio quando falo com você e você não responde
Odeio a forma como você se afasta de mim
Odeio saber que a sua vida segue tão bem sem a minha
E odeio mais ainda pensar que não sente minha falta...
Odeio te amar tanto.

Mas sem duvida nenhuma, o que eu mais odeio é não falar com você,
Nem mesmo pra dizer que eu te amo...

Johnathan Alves Damasceno de Barros

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O que eu preciso


“Eu estou carente” eis a frase mais dita do século! Existem 7 bilhões de pessoas e mesmo assim conseguimos ficar sozinhos. Nós ficamos carentes porque vivemos em busca da pessoa perfeita, essa criatura mitológica que nem sabemos ao certo se existe. Às vezes me sinto como esses malucos que procuram potes de ouro no final do arco-íris.

Como disse Arnaldo Jabor “Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.” Tudo seria mais simples! Mas inventamos que temos que encontrar alguém com coisas em comum, que tem aquele magnetismo, mistério e faça você sentir borboletas no estomago.  

Em se tratando de amor eu não sou uma pessoa com preferências simples, quero um relacionamento, com romance, intimidade, compromisso e apelidos fofinhos. Preciso de alguém pra me proteger, alguém que me complete e faça as coisas mais simples terem um significado especial. Preciso de alguém pra sentir ciúmes, pra discutir, pra ficar sem fazer nada mesmo quando tiver muitas coisas legais para fazer, para brigar pra quem vai desligar o telefone primeiro e me  fazer ser ainda mais bobo.

Preciso de alguém para ver as estrelas ao meu lado, para ser a primeira coisa que eu vou pensar quando acordar e a ultima antes de adormecer, alguém que faça  as musicas românticas fazerem sentido.

Preciso de alguém para ser meu ar quando eu sentir que não posso respirar, ser meu sorriso quando eu só quero chorar e para me fazer acordar feliz todos os dias.

Preciso de alguém que precise de mim, que me aceite do jeito que eu sou e não importa como as coisas pareçam estar difíceis sempre estará do meu lado. Pensando na vida eu percebi que já tenho tudo, só falta você, e onde quer que você esteja pessoa perfeita, quero que você saiba que eu estou a sua procura, espere por mim.