quinta-feira, 14 de abril de 2011

The last breath

É tão estranha a sensação que se tem, quando se chega ao final de tudo...


É difícil entender todas as dores, conhecer todas as curas, apesar de não conseguir cicatrizar algumas feridas...
O começo é sempre igual, mudam-se os meios e mesmo assim sempre termina do mesmo jeito...


O mundo gira, o tempo passa, as pessoas mudam, ou tentam mudar até que chega a morte e com ela o fim de tudo, o mundo continua girando, o tempo ainda passa, mas para quem morre nada disso tem mais importância, o breve sussurro que um dia chamou de vida encontrou seu fim...


Bens  patrimoniais, relações profissionais, agora nem se sabe muito bem para que serviram, e o discurso decorado em que se sentia orgulho do passado, um passado que será esquecido, e agora já não tem nenhum valor, preso eternamente na memória de alguem que já não vive...


E mesmo assim as pessoas... ocupadas demais, apressadas em suas vidinhas, preocupadas com um futuro que talvez nunca chegue, preocupadas demais para viver...


É estranho perceber no fim de tudo, que o que mais dói na vida é ser esquecido por todos aqueles que um dia gostaram de você...


... E só no final de tudo, entender que a culpa é sua... sempre foi sua...


Jhony inexplicável (Johnathan Alves)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Morte por medo da vida

Talvez seja preciso errar para aprender o que é certo, talvez seja preciso perder para aprender a dar valor, talvez seja preciso sofrer para aprender a ser feliz, talvez seja preciso odiar para aprender a amar.
              É a vida é cheia de mistérios e contradições e temos que aprender a lidar com isso, aprender que o que é certo nem sempre é o melhor, aprender que o tempo pode ser o melhor amigo e também o pior inimigo.
                Todos nós ao longo da vida erramos e alguns de nossos erros nos perseguirão pelo resto de nossas vidas...
                Mesmo assim é preciso sentir, amar, sofrer, chorar, correr riscos, viver e não apenas existir, porque se não fazemos isso nos tornamos escravos do medo, medo de tudo e de todos, medo de acabarmos sozinhos e feridos, mal sabemos que toda dor vem do nosso desejo de não sentir mais dor.



                Ao temer a vida acabamos morrendo e ao morrermos por medo de viver só mostramos ao mundo o quanto somos covardes, covardes até para lutar pelo que desejamos.
                Sei bem como é morrer por medo de viver, porque já morri e me matei varias e varias vezes.
                Em todas as vezes que morri, ou que matei meu coração, foi por minha culpa, por minhas próprias escolhas, por minha própria insegurança e por meu próprio medo.
                Sofri muito em cada uma das milhares de vezes em que sozinho em meu quarto ou em meus sonhos morri sabendo que amei e não fiz nada por esse amor... E com o passar do tempo me acostumei com essa dor e aprendi a viver com ela, mas essa noite um sonho me fez morrer mais uma vez, uma morte mais cruel e dolorosa do que todas as outras.
                Dentro daquele sonho eu vi a minha vida como eu gostaria que fosse, como poderia ter sido se meu medo não tivesse me impedido de agir, me impedido de ser feliz ao lado daquela que tanto amei em segredo.
                chorei muito ao acordar e perceber que tudo não passou de um simples sonho, uma mera ilusão, percebi então que o tempo havia se passado e eu fiquei perdido em meio as minhas angustias, em meio aos meus medos e com isso acabei perdendo tudo aquilo que cheguei à amar.
                E nem ao menos posso voltar atrás para dizer a ela que a amei com todo meu ser,que ela é e sempre será tudo o que eu amo, porque agora já estamos perdidos e distantes, distantes demais para sonhar, distantes demais para amar, distantes demais para viver.


Jhony Inexplicável ( Johnathan Alves )

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Será que é possível?

Será que é possível mudar os erros do passado? Recomeçar a vida novamente a cada instante... Esquecendo os erros e as lembranças ruins e guardando na memória apenas as coisas boas da vida...
                Será que se pode apagar as palavras amargas ditas na ira de uma briga ou de uma discussão? Ou dizer o que nunca foi dito antes que o momento passe e a chance escape?
                Será que podemos evitar todas as dores que a vida causa? Amando apenas quem nos ama, dizendo o que sentimos não o que deveríamos dizer...
                Será que amar é mesmo tudo? Ou amar é apenas um pretexto para escondermos nossa infelicidade e tristezas?
                Será que a vida é como um livro escrita pelas mãos de um ser maior? Ou escrevemos nossa própria historia a cada instante, a cada milésimo de segundo?
                Será que a vida tem a ver com sofrimento? Vivemos porque sofremos e sofremos porque vivemos... Ou será que sofremos apenas por sofrer e vivemos apenas por viver?
                A vida é um mar de incertezas e a única coisa que é certa é que nada aqui é certo, por isso ignoremos as possibilidades e prestemos atenção aos detalhes para que a estrada da vida nunca nos pegue de surpresa, e se errarmos tudo bem, terá sido na intenção de acertar, e se nos perdemos bastará sonhar e os sonhos nos guiarão rumo à felicidade, e se cairmos aprenderemos a levantar, se sofrermos aprenderemos a superar as dores, mas se tentarmos, viveremos eternamente, pelo simples fato de termos vivido e não apenas existido.


Jhony Inexplicável (Johnathan Alves)

domingo, 3 de abril de 2011

Mais um ano que se passou...

Eu nasci no ano de 1994 em um domingo de páscoa, pouco depois da meia noite, o estresse constante de minha mãe fez com que eu me virasse de mau jeito na barriga e por isso eu nasci pelos pés e não pela cabeça como a maioria dos bebês, o problema nisso é que quebrei minhas pernas ao nascer, os médicos diziam que eu nunca iria andar...
            Durante boa parte da minha infância usei um aparelho enorme e horrível, que me machucava muito, mas graças a ele hoje sou quase normal, ando perfeitamente, embora ainda tenha as pernas meio tortas...
            Meu pai foi um covarde e fugiu assim que soube que minha mãe estava grávida, minha mãe sempre fez de tudo para que não me faltasse nada material, e com isso ela meio que se esqueceu do carinho, esse eu nunca tive...
            Aprendi cedo a me virar sozinho, a não precisar de ninguém, a ser independente, a ser sozinho...
            Por isso sei bem o que é solidão...
            Mas eu cresci, amadureci, encontrei amigos, amores, pessoas que acreditaram em mim e me ensinaram o que é amizade, me mostraram como é não ser só...
            Nunca fui normal, nem nunca serei, não gosto do que é comum, prefiro ter personalidade e opinião, sem falar na capacidade de pensar sozinho...
            Nunca fui um grande defensor da tese de que Deus existe, para dizer a verdade sou ateu, mas não tento convencer ninguém de que Deus não existe, nem gosto quando tentam me provar o contrário, afinal cada um tem o direito de acreditar no que quiser...
            Costumo dizer que me apaixono todo dia, sempre pela pessoa errada...
            Apesar disso, só amei uma vez na vida há muito tempo atrás, amei a pessoa que mais me fez feliz e também a que mais me fez sofrer, mas sem duvida a que mais me ensinou e a que mais me fez crescer...
            Hoje muita coisa já se passou em minha vida, perdi tudo o que mais amava, mas aprendi a amar novas coisas que a vida me trouxe...
            Sou o que eu escolhi ser e ninguém nunca poderá mudar isso...
            Não posso dizer que não fiz escolhas erradas, porque seria mentir, mas não me arrependo dos deslizes que cometi, porque deslizando perdi pessoas que amava, mas graças a essas perdas encontrei novas pessoas que amo mais ainda e que me fazem mais feliz, do que jamais sonhei em ser....


Jhony Inexplicável (Johnathan Alves)